terça-feira, 25 de maio de 2010

Despedida de "Lost", entre o elogio e a decepção

O derradeiro capítulo de “Lost”, “Perdidos” em Portugal, não agradou a todos. A expectativa era muita em torno do fim da intriga, geradora de um clube de devotos quase sem precedentes. Se uns aplaudem, outros mostram desilusão.
Muitos foram aqueles que, apesar das diferenças associadas ao fuso horário, não arredaram pé frente ao pequeno ecrã, na madrugada de segunda-feira. Começou às cinco da manhã. Afinal, numa iniciativa inédita, a cadeia FOX emitiu, em simultâneo à escala planetária a partir dos Estados Unidos , o último episódio de “Lost”, após seis temporadas no ar.
Porém, à classificação de “perfeito”, por parte do fã Marco Braga, o não menos entusiasta da trama, Carlos Couceiro, responde com a de “desapontamento”.
Por cá, o operador por cabo Meo, teve honras de exclusividade no que concerne à transmissão em directo de um momento deveras aguardado pela massa de espectadores lusos militante da saga. Mas descansem os aficionados que não o conseguiram ver, uma vez que será exibido a 1 de Junho pelos restantes distribuidores.
Ainda que tenha “adorado” os contornos pelos quais se delineou o final de “Lost”, Marco Braga, administrador da página online Portal Séries, elege os “últimos dez minutos”, como o clímax.
“Foi emocionante e tocante”, considera. Embora parte dos mistérios tenham ficado por desvendar, preferiu assim. Quem não ficou satisfeito com a solução encontrada pela equipa de guionistas para colocar um termo à história foi Carlos Couceiro, também ele responsável por um site dedicado a séries.
“Teria sido bem mais interessante se o desfecho se prendesse com apontamentos de ficção científica”, refere. “Não gostei da lado místico, algo religioso, pelo qual enveredaram. Senti-me defraudado nos últimos minutos”, sublinha.
Ora, a narrativa, dominada por duas realidades paralelas, terminou, não obstante a subjectividade das interpretações, no contexto da ilha, com a morte de “Jack”, principal personagem, justamente ao tentar salvá-la.
No outro plano, percebe-se que todos sempre estiveram mortos e que aquele foi o caminho adoptado para seguirem em frente como se de uma espécie “purgatório” se tratasse.
Caixa
"Simpsons” satirizam
Os míticos bonecos amarelos da série de animação criada por Matt Groening não deixaram passar em claro a emissão do último episódio de “Lost”. Umas horas antes do mesmo ser exibido, o capítulo daquele dia de “Simpsons”, começa com Bart a escrever no quadro da sala de aulas: “Fim de ‘Lost’: Era tudo um sonho de um cão, vejam-nos antes a nós”.
Amores e amizades
O fenómeno de “Lost” chegou a influir nas relações interpessoais, “incitando” à união de fãs tanto pela via da amizade, com pela amorosa. Os fóruns, comunidades online e blogues que foram surgindo ao longo de seis anos para debater a série terão sido os principais responsáveis por estes casais, alguns até improváveis, cujo o único denominador comum a nível de interesses se revestia da misteriosa história.

Nuno Sanches

Rock in Rock in Rio Lisboa faz esquecer a crise

A crise parece ter ficado do lado de fora do Parque da Bela Vista, onde decorre o festival Rock in Rio Lisboa, e está a funcionar como desbloqueador de stress, disse à Lusa um dos espectadores, António Ventura.
Para esquecer as medidas de austeridade, o aumento do IVA e do IRS, há quem veja este festival de música como uma pausa nas agruras do dia a dia.
"De certa forma ajuda-nos a esquecer as agruras da vida e o dinheiro lá se vai arranjando [para pagar o bilhete]. É um momento bem passado, queimamos aqui o stress", disse António Ventura, de Lisboa, repetente neste festival e que quer hoje ver Elton John e Rui Veloso.
Também Adília Amaro, de Almada, reconheceu que para muitos portugueses estes são tempos difíceis, mas o Rock in Rio "é muito giro e vale a pena o dinheiro. Não é assim tão difícil apesar da crise".
António Ventura ainda sugeriu que o primeiro ministro, José Sócrates, tinha que agradecer aos que estão no festival: "Por não dar um subsídio, porque ficamos mais saudáveis e mais receptivos para receber as medidas de austeridade".
Estes dois espectadores falaram à Lusa momentos antes de a fadista Mariza e o vocalista dos Xutos & Pontapés, Tim, subirem ao palco Sunset.
A fadista e o baixista interpretaram canções das suas carreiras a solo, mas também partilharam versões dos Xutos & Pontapés, como "Homem do leme", acompanhado em coro pelo público que encheu a plateia, e dos Doors, quando cantaram "Light my fire".
Mariza voltou novamente a experimentar entrar no universo rock, para lá das portas do fado, depois de na sexta feira, na prestação a solo no Palco Mundo, ter cantado "Come as you are", dos Nirvana.
Do concerto nota de destaque para a guitarra portuguesa de Ângelo Freire e o acordeão de Gabriel Gomes, ex-Madredeus.
Hoje, a tarde de calor não demoveu as centenas de pessoas que fizeram longas filas para dar uma volta na montanha russa ou para conseguir, de borla, um chapéu de palha, uma peruca vermelha, uma guitarra de plástico, anéis luminosos ou um sofá insuflável, num consumo desenfreado.
São os aperitivos antes dos concertos num festival que, finalmente, se assume como um evento de diversões e de música.
Na sexta feira, estiveram no parque da Bela Vista cerca de 81 mil pessoas e na unidade hospitalar instalada no recinto foram atendidas cerca de 300 pessoas, para socorrer a pequenos entorses, cansaço, desidratação e excesso de álcool.
Hoje são esperadas ainda concertos de Leona Lewis, 2 Many Djs, Rui Veloso com Maria Rita e Toni Garrido, e na tenda electrónica, Drop the Lime e Major Lazer.
A quarta edição prosseguirá na próxima semana nos dias 27, 29 e 30 com Muse, Snow Patrol, Miley Syrus, Rammstein e Megadeth, entre outros.

Nuno Sanches

iPhone 4G pode chegar em Junho

Apple cria nova versão do sistema operacional com cem novos recursos
A Apple prepara-se para lançar a quarta geração do iPhone, conhecida como 4G ou HD, no dia 22 de Junho. Pelo menos, é o que dizem os boatos mais recentes.
E quando o assunto é a Apple, há sempre muita especulação antes da informação, até porque a empresa nunca aceita falar dos equipamentos que ainda não lançou. No entanto, depois de ter anunciado os novos recursos do sistema operacional 4.0 no início de Abril, a Apple reservou o Centro Yerba Buena, em São Francisco, nos Estados Unidos, para um anúncio. Todos apostam que será para ilustrar a chegada do novo iPhone.
O novo equipamento terá mais de 1500 interfaces de programação e mais de 100 novas funções. Entre elas, estão o dobro de resolução de tela, o que permitirá a exibição de conteúdo em alta definição, como display saltando de 480x320 para 960x640 pixels; um processador A4 (também utilizado no iPad), com melhor desempenho para o equipamento e mais uma câmera (para videoconferência); a criação de playlists; zoom com 5x; tocar para fazer o foco em vídeos; todas a fotos com geotag, mudar o papel de parede e usar teclado Bluetooth.
Entre as novidades do programa, apresentado por Steve Jobs, principal executivo da empresa, está também o recurso mais aguardado pelos utilizadores: a multitarefa, ou seja, a capacidade de executar múltiplas aplicações ao mesmo tempo. Este recurso era há muito tempo solicitado, mas a Apple tinha sempre rejeitado, alegando que prejudicava o desempenho da máquina e consumia mais bateria. Steve Jobs reconheceu que a empresa não foi a primeira a adoptar o multitarefa, mas garantiu que ela "será a melhor".
Exemplos práticos: quando houver duas aplicações em execução e o utilizador quiser mudar, basta pressionar duas vezes na tecla home. Será aberta uma janela parecida com o dock para mostrar as aplicações que estão a ser usadas. Basta tocar naquela que se quer alterar. A aplicação pode ser posteriormente retomada no ponto em que foi deixada.
Scott Forstall, vice-presidente do software do iPhone, explicou que a implementação da multitarefa envolve algumas armadilhas como, por exemplo, aplicações de música, GPS ou notificações. Forstall contou que a empresa desenvolvou códigos próprios para executar cada tipo de aplicação em segundo plano e aumentar a capacidade da bateria.
A Apple renovou o sistema de Mail no iPhone, introduzindo também novidades. Adicionou uma caixa de entrada unificada, que permite visualisar todas as mensagens recebidas em várias contas de e-mail. Outra novidade é o suporte aos servidores Exchange e a capacidade de organizar listas de discussão.
Depois de anunciado para o iPad, o iBooks também estará disponível no iPhone 4G. É uma versão menor do que a que está disponível no tablet, mas vem com as mesmas funções, incluindo a compra de livros na iBookstore.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Phi Phi


As Ilhas Phi Phi pertencem à Tailândia e localizam-se no Oceano Índico, entre a Ilha Phuket e o continente.
Integradas ao Parque Nacional Phi Phi-Hat Nopparat, gozam de protecção ambiental. As ilhas Phi Phi Don e Phi Phi Ley, a cerca de uma hora de Phuket – um dos destinos mais populares da Tailândia –, primeiro foram frequentados por intrépidos alpinistas, que consideram os seus enormes paredões rochosos como um desafio e tanto. Mas rapidamente a beleza das suas paisagens e a enorme variedade de flora e fauna aquáticas fizeram fama e as Phi Phi passaram a ser igualmente procuradas pelos amantes do mergulho e do dolce farniente.
O filme A Praia – com Leonardo Dicaprio a dar voz ao mito urbano da ilha perfeita – também valeu por mil campanhas de promoção. A grande maioria conhecia apenas a Phi Phi Don (a única a possuir toda uma infra-estrutura turística, concentrada essencialmente na vila piscatória muçulmana de Ban Ton Sai), mas desconhecia a sua irmã menor, a Phi Phi Ley, onde ainda hoje não é permitido pernoitar e onde se ia para visitar durante o dia as pinturas rupestres da Gruta Viking.
Ao eleger Maya Beach como cenário das aventuras e desventuras de Dicaprio e amigos, a 20th Century Fox causou enorme polémica entre os ambientalistas, que acusaram a equipa de produção de interferir negativamente no ecossistema da ilha (a produtora queria plantar 200 palmeiras para dar um ar mais tropical à ilha, obteve autorização para levar 60, mas acabou por instalar 73!).
Terminadas as filmagens, todos os elementos estranhos à ilha foram retirados e, ironia das ironias, o que choca hoje é o fluxo muito significativo de barcos que rondam a famosa praia, depositando ali por dia (ainda que por pouco tempo) várias centenas de turistas, ávidos do seu quinhão de terra paradisíaco.
Em 26 de Dezembro de 2004, as Ilhas Phi Phi foram devastadas pelo tsunami que se seguiu ao Terramoto do Índico de 2004.

Por: Nancy Santos

Livro + caro do Mundo


Tem apenas 13 páginas e custa 153 milhões de euros. Segundo o seu autor, Tomas Alexander Hartmann, o preço é tão elevado porque a obra responde às questões mais importantes da humanidade.
O escritor alemão Tomas Alexander Hartmann apresentará ao público a sua obra “Die Aufgabe” (“A Tarefa”) pela última vez na Art Dubai de Março de 2009. O preço é elevado porque, segundo Hartmann, responde às três questões fundamentais da humanidade em menos de 300 frases.
“De onde vimos?”, “Para onde vamos?” e “Qual a missão real que ainda está por realizar?”, são algumas das dúvidas que em apenas 13 páginas Hartmann responde. Por isso, segundo ele, justifica-se o preço tão elevado que colocou a sua obra como a mais cara da história.
No entanto, o autor está cansado dos comentários críticos que o livro despertou e, por isso, decidiu não voltar a expô-lo depois da feira de Art Dubai.
Apesar do preço excessivo, o livro tem uma aparência muito simples. Hartmann argumenta que o preço de 153 milhões de euros se baseia no valor do seu conteúdo. Esta é provavelmente a razão pela qual renunciou os diamantes que, de outro modo, poderiam esperar os seus leitores com esta quantidade de dinheiro a desembolsar.
“O alto preço de um livro deve-se à sua perspectiva mais profunda, que faz com que o livro seja de valor incalculável”, afirma o autor. Não obstante, o livro é supostamente uma obra de arte do artista alemão, realizado por um antigo provedor da corte de um duque de Weimar. Ademais, a cópia está escrita na língua do comprador.
O texto será traduzido em 150 idiomas e, utilizando uma técnica especial, a sua capa será executada com ouro fino. E todos os direitos de licença passam a pertencer ao comprador da ‘jóia’.
Curiosamente, na feira do livro de Frankfurt, celebrada em Outubro de 2008, a um preço de 153 milhões de euros, o autor propôs-se oferecer “só” o seu poema, que está nomeado para o prémio Lyrics Award.

Por: Nancy Santos

Carros eléctricos


Actualmente a ecologia e a qualidade de vida das populações urbanas está na ordem do dia. Existe uma consciência clara que um dos principais problemas a resolver, está directamente relacionado com o sector dos transportes rodoviários, devido nomeadamente à poluição que causa e à utilização do petróleo como fonte de energia.

Neste sentido a utilização dos Veículos Eléctricos rodoviários surgem como uma alternativa viável para determinadas aplicações de mobilidade e transporte de pessoas e mercadorias, quando enquadrados numa política concertada e sustentável de transportes.

Atentos a essa realidade, os grandes fabricantes de automóveis têm desenvolvido diversas tecnologias alternativas, permitindo disponibilizar no mercado veículos cada vez mais ecológicos. O desenvolvimento de veículos eléctricos é uma das vias que está a ser desenvolvida.

Até hoje os veículos eléctricos não têm sido largamente adoptados devido à sua fraca autonomia, ao tempo elevado de recarregamento e ao fraco compromisso dos fabricantes de automóveis em desenvolver veículos capazes de satisfazer os padrões actuais de conforto, performance e design dos automóveis a gasolina ou gasóleo.

Mas isto poderá mudar a muito curto prazo devido ao desenvolvimento conseguido nas tecnologias de fabrico de baterias, com menor custo e maior capacidade de armazenamento, possibilitando a introdução no mercado de uma nova geração de carros eléctricos.

Por: Nancy Santos

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Alemanha reconhece recorde nacional 73 anos depois



O recorde de salto em altura de Gretel Bergmann (1,60 metros), obtido em 1936, havia sido retirado à atleta pelo regime nazi devido à sua origem judia.
Gretel Bergmann teve de esperar 73 anos, mas aos 95 anos de idade recebeu a notícia que o recorde nacional alemão que estabeleceu em 1936 foi reconhecido pela federação alemã de atletismo. A saltadora era uma das melhores do seu país e estabeleceu a marca de 1,60 metros. Porém, a sua origem judia acabou por lhe custar não só o recorde como a presença nos Jogos Olímpicos de Berlim que se realizaram no mesmo ano. O governo nazi liderado por Adolf Hitler afastou a atleta.
Além do recorde não ser reconhecido, o motivo do afastamento dos Jogos foi porque era insuficiente para competir a nível internacional. Foi substituída na equipa por Dora Ratjen, que mais tarde descobriu-se ser um homem. Bergmann foi uma das atletas que sofreu com o regime nazi e em 1937 acabou mesmo por abandonar o país, mudando-se para os Estados Unidos, onde ainda hoje vive.
O presidente honorário da Federação alemã de atletismo, Theo Rous, salientou que apesar do reconhecimento do recorde não restituir à atleta o que lhe foi injustamente retirado, “é um acto simbólico de justiça e de respeito para com Gretel Bergmann”.

Nuno Sanches